Acho engracado quando vejo medirem demanda em servicos
usando indices de performance, eh mais ou menos como se eu pudesse comprar meio
servico. Servico eh intangivel, ou seja indivisivel e portanto nao vendido por
partes.
A demanda de transportes eh medida por um numero absoluto, quantas passagens eu coloquei a venda (oferta) e quantas eu vendi (demanda). O RPK (venda por passageiro km) mostra se tenho uma malha adequada, se estou atendendo a conveniencia ou nao do mercado, senao vejamos. Um passageiro compra uma passagem CGH-SDU, atendeu sua demanda independente de quantos kilometros esta viagem tenha, a oferta da companhia tambem eh de uma passagem de CGH-SDU, este eh o servico, simples assim. O passageiro nao pode “pular” da aeronave antes de chegar a SDU. A demanda foi atendida no momento que se decidiu o transporte pelo modal e pela companhia.
A demanda de transportes eh medida por um numero absoluto, quantas passagens eu coloquei a venda (oferta) e quantas eu vendi (demanda). O RPK (venda por passageiro km) mostra se tenho uma malha adequada, se estou atendendo a conveniencia ou nao do mercado, senao vejamos. Um passageiro compra uma passagem CGH-SDU, atendeu sua demanda independente de quantos kilometros esta viagem tenha, a oferta da companhia tambem eh de uma passagem de CGH-SDU, este eh o servico, simples assim. O passageiro nao pode “pular” da aeronave antes de chegar a SDU. A demanda foi atendida no momento que se decidiu o transporte pelo modal e pela companhia.
Trechos mais longos terao competitividade maior quando
comparados a outros modais, e o oposto eh verdadeiro, afinal vir de Coari-AM de
onibus eh possivel, mas talvez seja anti-economico, por mais barata que seja a passagem
.
O RPK mede eficiencia comercial por trecho, mede o quanto
meu servico eh um bom negocio para a companhia,
quanto eu consegui vender para cada um que teve necessidade de utilizar minha
operacao mesmo que esta operacao nao seja eficiente, nao mede nem de longe demanda.
O calculo de demanda eh simples, numero de passagens
vendidas, sobre numero de assentos disponibilizados, como em qualquer outro servico
indivisivel, cinema, teatro, shows, partidas esportivas, ou seja entrei, tenho
q consumir ateh o final, mesmo que esteja uma droga, o que eh verdade muitas
vezes no caso das companhias aereas.
Os executivos das cias aereas vao me dizer que este calculo
esta superado, pois no modelo de hubs, escalas e conexoes o passageiro, pode
voar por diversas companhias para fazer o mesmo trajeto e nao estarao mentindo,
mas ( o mas teima em aparecer) isto eh um modelo de operacao conveniente
unicamente para a cia aerea, ou serah que alguem acha que o passageiro que vai
de Teresina para Sao Luis gosta de passar obrigatoriamente por Brasilia para
fazer isso???
Infla-se o numero de RPK’s e nao se nota que das passagens vendidas
60% fariam este trecho diretamente, e que talvez muitos mais fizessem se o voo
fosse direto ao inves de ter dado a volta ao mundo, ou se voassemos com outros
equipamentos este trecho teria 70%, 80% de ocupacao.
Os mesmos executivos vao me dizer que trabalhar com
multiplos equipamentos eh anti-economico, operacionalmente ineficiente, um caos
para a manutencao e outras milhares de justificativas validas muitas vezes, serah
que nao estah na hora de rever estas verdades absolutas, afinal pior do que
isso eh nao entregar lucro para os acionistas, ou estou errado???
Como diriam o Marcel Telles, o Beto Sicupira e o JP Lehmann
KISS, keep it simple stupid!
http://www.valor.com.br/